sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Scrat, o esquilo do filme A Era do Gelo tem seu fóssil encontrado por paleontólogos.

Scrat (Imagem Ilustrativa)

Pode parecer piada, mais é verdade. Um dos esquilos mais famosos de todos os tempos tem um parente ancestral.

Um grupo de paleontólogos descobriu um fóssil semelhante ao personagem da Era do Gelo na Argentina.




O fóssil pré-histórico de um esquilo dente de sabre, igual ao do filme A Era do Gelo foi descoberto na América do Sul. A criatura primitiva, do tamanho de um rato, viveu entre os dinossauros há 100 milhões de anos. Tinha dentes e focinho muito longo, olhos grandes e um nariz semelhante ao do "Scrat", o personagem de desenho animado.
Restos fósseis foram encontrados na província patagônica de Rio Negro, na Argentina. Entre as peças descobertas estão dois crânios e mandíbulas parciais, com características dentárias e crânio um desconhecido, como um molar precedido por dois pré-molares.

O esquilo, identificado como pertencente a espécie dos dryolestoid, foi extinto há cerca de 60 milhões de anos, o fóssil encontrado está relacionado a todos os mamíferos vivos, incluindo os seres humanos.

Segundo Guillermo Rougier, paleontólogo da Universidade de Louisville, Kentucky, nos Estados Unidos, a espécie, chamada Cronópio dentiacutus, tem uma impressionante semelhança com Scrat, personagem fictício do filme. Para ele, a realidade de exploração e pesquisa às vezes pode ser tão estranha quanto a ficção que vemos nos filmes. Ele ainda acrescenta que a espécie é muito mais primitiva do que nós, referindo-se ao tamanho do crânio e aos dentes. O crânio é de aproximadamente uma polegada (2,54 centímetros) de comprimento.

Cronópio dentiacutus
O Cronópio dentiacutus residiu no mesmo tempo em que os pequenos dinossauros carnívoros, crocodilos e cobras terrestres com pernas. Ele viveu nas planícies de inundação da Argentina, onde é agora uma área do deserto da Patagônia. Os cientistas acreditam que foi um animal insetívoro, animais que se alimentam de insetos, hábito comum em animais de pequeno porte. Seus dentes parecem ser especializados para o corte e trituração, e os seus grandes caninos podem perfurar pequenos insetos.

A descoberta feita na Argentina elimina uma lacuna de 60 milhões de anos no registro fóssil de mamíferos no continente e fornece novas pistas sobre a evolução inicial dos mamíferos, o período em grande parte inexplorado. 

terça-feira, 13 de novembro de 2012

A importância da Paleontologia para a Biologia


                 A paleontologia é uma ciência dedicada ao estudos dos diferentes organismo que habitaram a Terra no transcorrer do tempo geológico. Ela é uma disciplina que envolve diversas outras como: a Biologia, Ecologia, Geologia etc, visando uma compreensão integrada dos eventos e fenômenos que possibilitaram as transformações ambientais durante a historia geológica do nosso planeta.

Esta vem evoluindo, em função de novas maneiras de se fazer as pesquisas , e esta evolução contribui para dar total suporte aos estudos de evolução e biodiversidade do passado, servindo de base para datação e correlação temporal das rochas, informando sobre o modo de vida e com quem cada ser pré histórico habitou, o tipo de alimentação, em que tempo geológico viveu dentre outras.

O que torna a Paleontologia tão interessante é o fato de permitir investigar e, de certa forma, especular, sobre os seres que viveram há muito tempo atrás. Os fósseis constituem importante evidência do processo evolutivo. Além disso, os fósseis são úteis para o reconhecimento de rochas sedimentares e sua sucessão temporal.


Fósseis de conchas de bivalves num afloramento plistocénico (Araya, Venezuela)

É a partir do estudo destes fósseis que a Paleontologia consegue mostrar sua interdisciplinaridade com a Biologia, tendo como principal objetivo o fornecimento de dados para a evolução biológica, estimar datação relativa das camadas, reconstituição dos ambientes/ecossistemas a partir do estudo dos registros destes fósseis, reconstituir também a história geológica da Terra e identificar as rochas em que podem ocorrer substâncias minerais e combustíveis como o fosfato, carvão e o petróleo.